Sintomas da menopausa e como passar por esse período com qualidade de vida

sintomas-menopausa-dra-jessica-moraes-endocrinologista-sao-paulo

Os sintomas da menopausa fazem parte de uma fase natural e complexa da vida da mulher. 

Apesar de ser um processo esperado, ele traz consigo diversas transformações hormonais, físicas e emocionais que podem afetar a qualidade de vida. 

No entanto, é importante ressaltar: embora seja um período desafiador, com o acompanhamento médico adequado é possível manejar os sintomas e viver essa etapa com mais saúde, equilíbrio e bem-estar.

O que é a menopausa e quando acontece?

A menopausa é definida como a última menstruação da mulher, confirmada após 12 meses consecutivos sem ciclos menstruais. 

Geralmente, ocorre por volta dos 50 anos e acontece devido à falência ovariana natural, que leva à queda na produção dos hormônios estradiol e progesterona.

É importante diferenciar a menopausa da perimenopausa. A perimenopausa corresponde ao período de transição que antecede a menopausa, e pode iniciar anos antes da última menstruação. É quando ocorrem as primeiras alterações clínicas e hormonais (como irregularidade menstrual) e termina 12 meses após a última menstruação, quando se confirma a menopausa.

Ambas as fases compartilham uma série de sintomas que podem se sobrepor, o que muitas vezes geram dúvidas para a mulher.

Durante a perimenopausa já podem surgir ondas de calor, alterações menstruais, distúrbios do sono, mudanças de humor, ganho de peso, ressecamento vaginal e queda da libido, sintomas que também permanecem ou até se intensificam após a última menstruação.

Temos um artigo que explica mais sobre a perimenopausa, confira!

Essa semelhança entre os sintomas torna ainda mais essencial o acompanhamento médico especializado, pois somente uma avaliação criteriosa permite identificar corretamente em qual fase a mulher está e indicar o tratamento mais adequado para cada manifestação clínica.

Principais sintomas da menopausa

As mudanças hormonais , principalmente determinadas pela queda do estradiol, impactam o organismo de forma ampla, gerando manifestações físicas e emocionais que variam em intensidade de mulher para mulher. 

Entre os sintomas mais comuns estão:

  • Ondas de calor e suores noturnos (sintomas vasomotores): é o sintoma menopausal mais fácil de ser reconhecido e o que mais pode impactar a rotina diária e qualidade do sono. Pode iniciar na perimenopausa e durar uma média de 7 a 10 anos;
  • Insônia e distúrbios do sono: Pode acometer 40 a 60% das mulheres e é representado pelo sono fragmentado, apneia do sono, síndrome das pernas inquietas e noctúria.
  • Alterações de humor: irritabilidade, ansiedade e tristeza podem se tornar mais frequentes;
  • Redução da libido: o declínio do desejo sexual é comum e multifatorial, podendo causar muito sofrimento. É importante e necessário afastar o transtorno do desejo sexual hipoativo (TDSH), uma tipo de desordem psiquiátrica. 
  • Ressecamento vaginal: gera desconforto no dia a dia e pode causar dor durante as relações sexuais e aumento na incidência de infecções urinárias;
  • Ganho de peso e síndrome metabólica: ocorre aumento da gordura visceral e total, enquanto a massa magra e taxa metabólica diminuem, podendo resultar em um ganho de peso médio de 0,7 Kg ao ano. O sono prejudicado, o estresse e alterações de humor podem contribuir para o ganho de peso e obesidade.
  • Mudanças na pele e nos cabelos: tendem a ficar mais ressecados, finos e frágeis devido à perda de colágeno e à redução da hidratação natural.

Além desses sintomas, a saúde óssea merece atenção especial, já que a queda do estrogênio acelera a perda de massa óssea, aumentando o risco de osteopenia e, em casos mais avançados, de osteoporose, condição que aumenta a probabilidade de fraturas, especialmente em quadril, coluna e punho.

Importante ressaltar que a menopausa também pode impactar de forma relevante o sistema cardiovascular, pois o estrogênio exerce um efeito protetor sobre os vasos sanguíneos e o metabolismo lipídico e, com a sua diminuição, cresce a predisposição à hipertensão arterial, ao aumento do colesterol e, consequentemente, às doenças cardíacas, que se tornam uma das principais causas de mortalidade feminina após a menopausa.

Essas mudanças reforçam que esta é uma fase em que a saúde da mulher exige atenção redobrada, acompanhamento médico regular e, em muitos casos, estratégias específicas de prevenção e tratamento para garantir qualidade de vida a longo prazo.

A menopausa vai além de transformações físicas

Não é apenas o corpo que sente as mudanças. A menopausa também traz repercussões emocionais significativas. 

Oscilações de humor, crises de ansiedade, maior irritabilidade e até quadros de depressão podem surgir nesse período.

Essas alterações podem impactar a autoestima, as relações afetivas e a vida social da mulher. 

Por isso, é fundamental enxergar esta fase de forma integral, entendendo que o cuidado vai muito além da saúde física, envolve também a implementação de estratégias que melhorem a saúde mental.

Tratamentos disponíveis: quando procurar ajuda médica

Esse é um dos pontos mais importantes! É fundamental compreender que os sintomas da menopausa podem ser manejados de forma segura e eficaz quando a mulher busca atendimento médico especializado. 

O tratamento deve sempre ser individualizado, levando em consideração fatores como idade, tempo de menopausa, histórico de saúde e intensidade dos sintomas.

Dentre as principais estratégias terapêuticas, destacam-se:

Terapia Hormonal de Reposição (TRH)

A terapia de reposição hormonal é uma das opções mais eficazes para aliviar os sintomas da menopausa. Contudo, seu uso deve ser sempre personalizado e acompanhado por um profissional de saúde.

O objetivo principal é restaurar os níveis de estradiol, o principal hormônio feminino responsável pela maioria dos sintomas, porém a administração da progesterona pode ser necessária, especialmente em mulheres que ainda possuem útero, para prevenir alterações no endométrio. 

A reposição hormonal do estradiol pode ser realizada de diferentes formas e vias, conforme a seguir:

  • Estrogênio oral (comprimidos): Via bastante utilizada, porém por sofrer metabolismo de primeira passagem no fígado, pode ocasionar alguns riscos, como tromboembolismo venoso, aumento dos triglicérides e alteração da função hepática. 
  • Estrogênio transdérmico (adesivo, gel, spray): Geralmente consiste em formulações de estradiol bioidêntico (mesma estrutura química e molecular do estradiol produzido pela mulher), que será absorvido pela pele. Permite liberação contínua e mais estável na corrente sanguínea, reduzindo alguns riscos associados à via oral.
  • Estrogênio vaginal (cremes, óvulos):  Indicado especialmente para mulheres com sintomas genito-urinários, como ressecamento vaginal, dor durante as relações e infecções urinárias de repetição. Efeito apenas local, na região íntima.

Antes de iniciar o tratamento, é fundamental realizar uma avaliação médica completa, que pode incluir exames de sangue, mamografia, ultrassom transvaginal e avaliação clínica detalhada do histórico familiar e individual. 

Esse cuidado é importante porque a TRH não é indicada para todas as mulheres, principalmente aquelas com histórico de câncer de mama ou endometrio, infarto, AVC, trombose ou doenças hepáticas.

O acompanhamento durante a terapia também é essencial com consultas periódicas e exames de controle que garantem que a dose e a via de administração estejam adequadas e seguras para cada paciente. 

tratamento-menopausa-dra-jessica-moraes-endocrinologista-sao-paulo

Tratamentos não hormonais

Algumas mulheres não podem ou não desejam utilizar reposição hormonal.

Nesse caso, algumas alternativas medicamentosas não hormonais podem ser tentadas, como os inibidores de recaptação de serotonina (ISRS), inibidores de recaptação de serotonina-norepinefrina (IRSN) e os gabapentinoides.

Alimentação equilibrada

A reeducação alimentar é fundamental nesse período,  devido ao maior acúmulo de gordura e perda acelerada de massa magra, que ocasionam mudanças na composição corporal.

Deve-se priorizar a ingestão de alimentos in natura, como frutas, verduras e legumes e aumentar o consumo de proteínas magras e alimentos ricos em cálcio.

Reduzir o consumo de açúcares, álcool e ultraprocessados também é de extrema importância! 

Hidratação e qualidade do sono

Manter-se hidratada e buscar hábitos que favoreçam o sono (como evitar telas antes de dormir e manter horários regulares) podem amenizar sintomas como insônia e cansaço.

Prática regular de atividade física

Exercícios aeróbicos, musculação e práticas de bem-estar, como ioga e pilates, são aliados indispensáveis. 

Eles auxiliam no controle de peso, fortalecem ossos e músculos, reduzem o risco cardiovascular e ainda melhoram o humor.

Apoio psicológico e rede de suporte

O acompanhamento psicológico pode ajudar a lidar com questões emocionais e a elaborar esse novo ciclo da vida. 

Grupos de apoio e a rede de convivência também oferecem acolhimento, permitindo que a mulher não se sinta sozinha nesse processo.

Conte com a Dra. Jéssica Moraes nesse novo ciclo de vida

A menopausa é um período inevitável, mas não precisa ser sinônimo de perda de qualidade de vida.

Com orientação médica adequada é possível atravessar essa fase com saúde, disposição e bem-estar.

A Dra. Jéssica Moraes é endocrinologista em São Paulo e entende que cada mulher vive a menopausa de forma única. Por isso, constrói junto com suas pacientes estratégias de cuidado que respeitam necessidades e desejos pessoais.

Se você está enfrentando os sintomas da menopausa ou deseja se preparar para esse novo ciclo, conte com a Dra. Jéssica Moraes para um acompanhamento próximo, responsável e acolhedor. 

Essa fase pode ser vivida com qualidade de vida, equilíbrio e autoconfiança!

Veja mais posts

Obesidade e padrões alimentares: entenda a relação!

Obesidade e padrões alimentares: entenda a relação!

A obesidade é uma condição de saúde complexa, que resulta da interação entre fatores genéticos, ambientais, hormonais, comportamentais e, em…

Consulta online com a endocrinologista: conheça a Dra. Jéssica Moraes!

Consulta online com a endocrinologista: conheça a Dra. Jéssica Moraes!

A consulta online com a endocrinologista tornou-se uma alternativa prática, segura e eficiente para quem deseja cuidar da saúde hormonal…

Hipogonadismo: como tratar a redução de testosterona em homens?

Hipogonadismo: como tratar a redução de testosterona em homens?

O hipogonadismo é uma condição caracterizada pela redução de testosterona, hormônio fundamental para a saúde física, sexual e emocional do…