Obesidade e padrões alimentares: entenda a relação!

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A obesidade é uma condição de saúde complexa, que resulta da interação entre fatores genéticos, ambientais, hormonais, comportamentais e, em grande parte, dos padrões alimentares do paciente. 

Nas últimas décadas, esse problema tem crescido em todo o mundo e, atualmente, é considerado um dos principais desafios de saúde pública por estar relacionado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, alguns tipos de câncer e distúrbios emocionais.

Apesar de sua complexidade, compreender a forma como cada pessoa se alimenta e os comportamentos associados à comida é essencial para propor estratégias eficazes de tratamento.

Isso porque, identificar os padrões alimentares ajuda a personalizar o cuidado, oferecendo resultados mais consistentes e sustentáveis.

Contextualizando a obesidade

A obesidade é definida pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que pode comprometer a saúde e reduzir a expectativa de vida. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo vivem atualmente com obesidade. Esse cenário reflete de forma direta as mudanças no estilo de vida moderno, marcado pela redução da atividade física, pelo aumento do sedentarismo e pela ampla disponibilidade de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras e sódio. 

No Brasil, a prevalência de obesidade vem crescendo de forma preocupante, atingindo adultos, adolescentes e até crianças.

O problema não deve ser reduzido a uma simples “falta de disciplina”: trata-se de uma condição médica multifatorial que exige acompanhamento especializado.

Quais as causas da obesidade?

As causas da obesidade são diversas e, muitas vezes, interligadas. Entre elas, podemos citar:

  • Fatores genéticos e familiares: pessoas com histórico de obesidade na família têm maior predisposição;
  • Desbalanços hormonais: alterações na tireoide, resistência à insulina e distúrbios de cortisol podem contribuir para o ganho de peso;
  • Estilo de vida sedentário: a falta de atividade física reduz o gasto energético;
  • Questões emocionais: ansiedade, depressão e estresse podem influenciar a relação com a comida;
  • Padrões alimentares inadequados: ingestão excessiva de calorias, alto consumo de carboidratos simples, doces e alimentos ultraprocessados.

É importante destacar que, apesar de não ser a única causa, o padrão alimentar tem grande influência na obesidade, tanto no surgimento quanto na manutenção da condição.

Entendendo os padrões alimentares

A análise dos padrões alimentares é uma etapa essencial no tratamento da obesidade.

Isso porque, é fundamental compreender o comportamento alimentar e os fatores emocionais e sociais envolvidos nesta doença.

Reconhecer esses perfis ajuda a definir estratégias terapêuticas mais eficazes, que podem incluir mudanças no estilo de vida, acompanhamento psicológico, nutricional e, em alguns casos, tratamento medicamentoso.

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Os principais padrões alimentares incluem:

Hiperfágico 

Caracterizado pela realização de grandes refeições, geralmente com alto valor calórico, mas em menor frequência de lanches. 

Esse padrão pode estar relacionado à dificuldade de reconhecer sinais de saciedade ou ao hábito de passar longos períodos em jejum.

Beliscador 

O paciente consome pequenas porções de alimentos diversas vezes ao longo do dia, muitas vezes sem fome real. 

Esse comportamento costuma estar associado à ansiedade, ao estresse ou mesmo ao tédio, o que leva a uma ingestão calórica maior do que o necessário.

Emocional  

Ocorre quando a alimentação é utilizada como forma de lidar com emoções, como tristeza, frustração, ansiedade ou solidão. 

Nesse caso, a comida funciona como um “conforto emocional”, mas não resolve a causa do sofrimento e pode reforçar um ciclo de ganho de peso.

Comedor Noturno 

Caracteriza-se pelo consumo da maior parte da alimentação diária, após às 18h e costuma pular o café da manhã. 

Esse padrão pode estar relacionado a alterações hormonais, ansiedade, estresse ou dificuldades para dormir. Além do impacto no peso, pode prejudicar a qualidade do sono e o metabolismo.

Desorganizado

Marcado por irregularidade e desorganização na alimentação, sem horários definidos e com escolhas aleatórias. Esse padrão geralmente surge em pessoas com rotinas instáveis ou pouco estruturadas, o que dificulta a adoção de hábitos saudáveis.

Compulsão alimentar 

Envolve episódios recorrentes de ingestão exagerada de alimentos em um curto período, acompanhados pela sensação de perda de controle e intenso sofrimento emocional.

É um transtorno alimentar que requer atenção especializada, podendo demandar tratamento psicológico e medicamentoso.

Padrão misto  

Quando o paciente apresenta características combinadas de mais de um dos padrões citados, o que exige ainda mais cuidado na elaboração de um plano terapêutico personalizado.

Identificar qual (ou quais) desses perfis predominam em cada paciente é um passo decisivo para o sucesso do tratamento. Isso permite adaptar as estratégias e promover mudanças duradouras no comportamento alimentar.

Tratamento da obesidade com base nos padrões alimentares

O tratamento da obesidade é multifatorial e precisa ser personalizado de acordo com o perfil clínico, os objetivos individuais e os padrões alimentares identificados em cada paciente. 

Mais do que saber “o que” a pessoa come, é preciso identificar “como” e “por que” ela se alimenta de determinada forma. 

Quando o padrão é bem identificado, o plano de emagrecimento pode ser direcionado de forma muito mais certeira, permitindo intervenções personalizadas. 

Paciente hiperfágico 

O foco está em ajustar o tamanho das refeições, incentivar maior fracionamento alimentar e orientar escolhas nutricionais mais equilibradas. Em alguns casos, medicamentos que auxiliem no controle da saciedade podem ser indicados.

Paciente beliscador 

Estratégias de organização da rotina, definição de horários fixos para se alimentar e técnicas de manejo da ansiedade são fundamentais. O apoio psicológico desempenha papel essencial nesse perfil.

Paciente emocional 

É necessário um trabalho integrado com psicoterapia para lidar com a relação entre emoções e alimentação, associado à educação nutricional e, quando indicado, ao uso de medicamentos que auxiliem no controle da compulsão.

Paciente comedor noturno 

Ajustes no padrão de sono e intervenções para redistribuir a ingestão calórica ao longo do dia são indispensáveis. Avaliação hormonal e acompanhamento multidisciplinar podem ser necessários.

Paciente com comer desorganizado

A prioridade é estabelecer regularidade nos horários e qualidade das refeições, com orientação nutricional estruturada e acompanhamento contínuo para reforçar a adesão.

Paciente com compulsão alimentar 

Esse quadro exige abordagem especializada, geralmente combinando psicoterapia, medicamentos e estratégias de reeducação alimentar, com suporte próximo da equipe médica.

Padrão misto 

Quando o paciente apresenta mais de um comportamento alimentar, o tratamento precisa ser ainda mais individualizado, integrando técnicas de diferentes abordagens para contemplar todas as necessidades.

Independentemente do padrão alimentar, as estratégias terapêuticas podem incluir:

  • Mudanças no estilo de vida: alimentação balanceada, atividade física regular e sono adequado;
  • Terapia medicamentosa: indicada de forma criteriosa para auxiliar no controle da fome, da saciedade ou de alterações metabólicas;
  • Apoio psicológico: essencial para promover mudanças sustentáveis no comportamento alimentar;
  • Acompanhamento multidisciplinar: endocrinologista, nutricionista, psicólogo e educador físico trabalham em conjunto para garantir resultados mais efetivos e duradouros.

Temos um texto que aborda quais medicamentos para obesidade são aprovados pela ANVISA, confira!

A importância do olhar médico atento no emagrecimento

Compreender a obesidade como uma condição multifatorial é o primeiro passo para o sucesso. 

A endocrinologista é a profissional indicada para investigar as causas da obesidade, compreender o padrão alimentar de cada paciente e considerar fatores hormonais, metabólicos e emocionais. 

Com esse olhar integral, é possível definir um tratamento realmente eficaz, seguro e individualizado, que visa não só a perda de peso, mas também a recuperação da saúde e da qualidade de vida.

O paciente que conta com um acompanhamento contínuo tem mais chances de atingir seus objetivos e manter os resultados a longo prazo, sem adotar medidas radicais ou insustentáveis.

A Dra. Jéssica Moraes pode auxiliar no seu emagrecimento

A Dra. Jéssica Moraes é médica endocrinologista e tem como missão oferecer um cuidado individualizado, humano e baseado em evidências científicas para todos os seus pacientes.

As consultas são aprofundadas, com avaliação clínica detalhada, análise da composição corporal e solicitação de exames laboratoriais pertinentes, permitindo um plano de tratamento preciso e personalizado. 

Além disso, a Dra. Jéssica acompanha seus pacientes de perto, inclusive oferecendo seu WhatsApp pessoal para esclarecimento de dúvidas e monitoramento dos resultados.

Entre em contato e dê o primeiro passo para cuidar da sua saúde de forma integral, segura e com resultados consistentes!

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